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Na noite de terça-feira, 14, a Câmara de Vereadores de Ibiaçá promoveu no Salão Nobre do Centro Administrativo de Ibiaçá uma audiência pública para tratar sobre o tema da valorização do magistério municipal. Estiveram presentes todos os vereadores que compõe a Câmara de Ibiaçá, do Poder Executivo, o prefeito Ulisses Cechin e o vice-prefeito Jones Cechin, representantes da Avenor, de deputados, professores e pais.
O secretário executivo da Câmara Edson Angeliero estabeleceu as regras da audiência pública dizendo que a promoção do debate sobre o tema não tem conotação política, mas sim, busca contribuir com a situação do magistério municipal junto à sociedade. Na primeira etapa manifestaram-se professores e pais. Posteriormente, se pronunciaram representantes das entidades presentes, entre elas o Cpers e Avenor, assessor de deputado, advogados e os vereadores.
O presidente do Legislativo, Marcelo Corso, abriu os trabalhos destacando a relevância do debate, atendendo à solicitação das bancadas do PDT e PT, relacionado ao tema da educação e da necessidade de valorização dos professores. “Muitos professores precisaram recorrer à justiça para receber o pagamento do piso do magistério e mesmo assim não tiveram êxito. por isso entendemos a necessidade de debater esse tema amplamente”, afirma.
Várias manifestações aconteceram de professores, pais e autoridades. Uma das representantes dos professores de Ibiaçá, professora Paula Scariot Perondi, disse que: “a categoria busca o bom senso, o entendimento para encontrar uma solução positiva e que a valorização aconteça na prática”.
Participaram professores de Ibiaçá e da região da Amunor, num movimento suprapartidário, para demonstrar a preocupação em relação a falta do pagamento do piso nacional do magistério e a valorização da categoria. Também, sobre o desmonte dos planos de carreira dos profissionais com achatamento dos níveis, a falta de incentivo e o adoecimento da classe, em função das dificuldades enfrentadas e pelo excesso de trabalho.
“A luta dos professores é uma luta de todos nós que queremos o melhor para nossos filhos e para termos uma sociedade cada vez melhor”, afirmou Joel Teles, que falou em nome dos pais.
Representando o Cpers o professor Alex Sarrat lembrou a necessidade da luta e do movimento para que os municípios cumpram a lei nacional do piso da educação. “Investimento na educação para garantir a dignidade para a vida dos professores. O piso salarial nacional completa 15 anos, mas a luta é para que ele de fato seja aplicado na prática”, enfatizou.
Ao final pronunciaram-se os advogados representantes do Cpers, dos professores e do município colocando os fatos e contrapontos a partir da lei. Também fizeram uso da palavra o prefeito Ulisses Cechin, os vereadores Vilmar Inácio Pellin, Alcir Stefani, Silmara Pereira Mattos, Lenoir Borges, Valdecir Schenatto, Belchyor Teston e para o encerramento o presidente Marcelo Corso.
Sobre o piso do magistério
A Lei Nº 11.738/2008 instituiu o piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Em suas manifestações os professores observaram que o valor mínimo estabelecido em lei não está sendo pago e que para recebê-lo precisam entrar na justiça para conseguir receber os valores, mas encontram barreiras legais para este enfrentamento.
